Hospitais de custódia, tratamento psiquiátrico e violação dos direitos humanos

Kalline Flávia Silva de Lira

Resumo


Resumo: A história da saúde mental é perpassada por crenças que acabaram levando a pessoa com transtorno mental à exclusão e ao isolamento em instituições psiquiátricas, que durante muito tempo foram ditas como único espaço de tratamento. Nesses locais prevaleciam os maus-tratos, o desrespeito e a violência. Algumas experiências exitosas pelo mundo, como na Itália, trouxe a possibilidade do tratamento extramuros. A desinstitucionalização dos doentes mentais começou a ser realizada quando se percebeu que um tratamento em serviços abertos de base territorial e comunitária era possível. No Brasil, foi a Lei nº 10.216/2001 que propôs a progressiva extinção dos manicômios e teve como principal avanço expressar os direitos das pessoas com transtornos mentais. Os leitos psiquiátricos foram gradativamente diminuindo, ao passo que o número de CAPS crescia. No que concerne ao louco infrator, os avanços ainda são pequenos. Apesar de serem considerados inocentes, de forma geral são presos nos manicômios judiciários. Baseando-se na legislação brasileira, entendemos que essa internação viola os direitos humanos do louco infrator, visto que a internação segrega e geralmente não é recurso terapêutico. Não obstante os avanços trazidos pela Reforma Psiquiátrica são fundamentais e devem continuar a mobilizar a sociedade em busca extinção dos manicômios e da afirmação dos direitos das pessoas com transtorno mental. 

Palavras-chave: Saúde mental. Louco infrator. Direitos humanos. 

Resumen: La historia de la salud mental está impregnada de las creencias que terminaron por llevar a la persona con trastorno mental a exclusión y el aislamiento en instituciones psiquiátricas, que durante mucho tiempo se ha dicho que el solo espacio del tratamiento. En estos lugares, sucedion abuso frecuente, falta de respeto y la violencia. Algunas experiencias exitosas en todo el mundo, como en Italia, trajo la posibilidad de tratamiento extramural. La desinstitucionalización de los enfermos mentales comenzó a realizarse cuando se dieron cuenta de que un tratamiento en servicios a la comunidad con una base territorial y cerrados era posible. En Brasil, fue la Ley nº 10.216 / 2001 que propuso la eliminación gradual de los asilos y su principal avance expresar los derechos de las personas con trastornos mentales. Camas psiquiátricas estaban disminuyendo gradualmente, mientras que el número de CAPS creció. En lo que respecta al delincuente loco, los avances son aún pequeños. A pesar de ser declarado inocente, en general, se encuentran atrapados en los hospitales psiquiátricos forenses. Con base en la ley brasileña, creemos que esta admisión viola los derechos humanos del loco, ya que las segregaciones de hospitales y en general no es un recurso terapéutico. A pesar de los avances proporcionados por la Reforma Psiquiátrica es esencial y debe continuar movilizar a la sociedad en busca extinción de los asilos y la afirmación de los derechos de las personas con trastorno mental. 

Palabras clave: Salud mental. Loco infractor. Derechos humanos. 

Abstract: The history of mental health is pervaded by beliefs that ultimately led to mental patients to exclusion and isolation in mental institutions, which have long been told as a single treatment space. These places were prevalent mistreatment, disrespect and violence. Some successful experiences around the world, as in Italy, brought the possibility of treatment extramural. The deinstitutionalization of the mentally ill began to be realized when it was realized that an open treatment services and community-based land was possible. In Brazil, was the Law 10.216/2001 who proposed the phasing out of mental institutions and was mainly express advance the rights of people with mental disorders. The psychiatric beds were gradually decreasing, while the number of CAPS grew. Regarding the offender madman, advances are still small. Despite being acquitted in general are stuck in forensic psychiatric hospitals. Relying on Brazilian law, we believe that this admission violates human rights violator crazy, since the segregating hospitalization and usually is not a therapeutic resource. Despite the advances brought by the Psychiatric Reform are fundamental and should to continue mobilize society in search extinction of asylums and the affirmation of the rights of people with mental disorder. 

Keywords: Mental health. Crazy offender. Human rights.


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Revista Interdisciplinar de Direitos Humanos
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