Educar contra o preconceito e a discriminação na Universidade: há lugar para os direitos humanos?

Ari Fernando Maia, Déborah Christina Antunes

Resumo


Resumo: Este artigo analisa as potencialidades de uma educação em direitos humanos na universidade como um meio para evitar a permanência de atitudes de discriminação e do preconceito na educação superior. Parte-se de duas premissas: que a universidade reproduz desigualdades e preconceitos vigentes na sociedade e que essa situação se agrava num contexto em que políticas neoliberais se impõem; que há um potencial para a superação dessa condição por meio de uma educação em direitos humanos de orientação crítica. São apontados alguns problemas crucias que dificultam que se realize uma educação em direitos humanos na universidade: a polissemia da expressão direitos humanos, sua pluralidade epistemológica, a semiformação e a persistência de preconceitos. O desfecho do artigo aponta que os estudos sobre o preconceito elaborados pelos autores da primeira geração da Teoria Crítica da Sociedade são fundamentais para orientar uma educação em direitos humanos crítica e emancipatória, e que é também indispensável uma leitura crítica dos direitos humanos se quisermos que eles tenham um papel emancipador.  

Palavras-chave: Educação em direitos humanos Teoria Crítica da sociedade. Preconceito. Direitos humanos.

 

Resumen: Este artículo analisa las potencialidades de una educación en derechos humanos en la universidad como medio para evitar la permanencia de actitudes de discriminación y prejuicio en la educación superior. El punto de partida son dos premisas: de que la universidad reproduce prejuicios corrientes en la sociedad y que esta condición se agrava en el contexto de imposición de políticas neoliberales; que hay posibilidades de superación por medio de una educación en derechos humanos crítica. Luego el texto discute problemas cruciales que hacen difícil llevar a cabo una educación en derechos humanos en la universidad: la polisemia de la expresión derechos humanos, su pluralidad epistemológica, la pseudoformación y la persistencia de prejuicios. La discusión final señala que las investigaciones sobre el prejuicio hechas por autores de la primera generación de la Teoria Crítica de la Sociedad son fundamentales para una educación en derechos humanos crítica e emancipatória, y que es también indispensable una lectura crítica de los derechos humanos para que tengan un papel emancipador. 

Palavras clave: Educación en derechos humanos. Teoría Crítica de la sociedad. Prejuicio. Derechos humanos. 

 

Abstract: This article analyzes the potential of human rights education at the university to avoid the persistence of attitudes of discrimination and prejudice in higher education. It starts from two premises: the university reproduces inequalities and prejudices intrinsic in society, a situation that is worse in a context of imposed neoliberal policies; and that there is a potential for overcoming this condition through critical human rights education. Some crucial problems are indicated that make it difficult to carry out human rights education at the university: the polysemy of the expression human rights, its epistemological plurality, semi-formation and the persistence of prejudices. The outcome of the article points out that the studies on prejudice performed by the authors of the first generation of Critical Theory of Society are fundamental to guide a critical and emancipatory human rights education, and that a critical reading of human rights is essential if we want them to have an emancipating role.

Keywords: Human rights education. Critical Theory. Prejudice. Human rights.


Texto completo:

PDF


Revista Interdisciplinar de Direitos Humanos
Av. Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 14-01 • Sala 69 • Vargem Limpa
CEP 17.033-360 • Bauru/SP • Telefone: (14) 3103-6064 • E-mail: oedhunespbauru@gmail.com