Direito de morrer com dignidade: proteção à luz do direito internacional e nacional

Resumo

Resumo: A globalização, vista como um processo temporal e espacial de mudanças, com o ímpeto de romper fronteiras, ocorre também na área jurídica. Como exemplo, toma-se a proteção universal dos direitos humanos, a partir da criação de normas de direito internacional, como verdadeiro corpo sistematizado e coerente, com princípios, objeto e metodologia próprios, tendo como marco inicial o pós-guerra. É neste sistema internacional (classicamente interestatal) que se dá a produção de tratados, principal fonte de direito internacional, regulando a matéria. A dignidade humana, sem deixar de ser um valor moral fundamental, ganha também o status de princípio jurídico, funcionando como uma fonte jurídico-positiva para os direitos fundamentais, digam-se os direitos humanos positivados. Tais direitos encontram respaldo jurídico tanto no sistema nacional como no sistema global de proteção de direitos. O direito de morrer é analisado como um direito à dignidade da pessoa humana, ou, ainda, tanto a morte digna quanto a vida digna são vistos como direitos humanos. Não obstante, vigora, ainda, no ordenamento jurídico internacional e nacional, a ausência de regramento especifico sobre a matéria. 

Palavras-chave: Globalização. Tratados de direitos humanos. Dignidade da pessoa humana. Direito de morrer. Eutanásia. 

Resumen: ELa globalización, vista como un proceso temporal y espacial de cambios, con el ímpeto de romper las fronteras, ocurre también en el área jurídica. Como ejemplo, tenemos la protección universal de los derechos humanos, a partir de la creación de las normas de derecho internacional, como verdaderos cuerpos sistematizados y coherentes, con principios, objeto y metodología propios, teniendo como marco inicial la pos guerra. Es en este sistema internacional (clásicamente interestatal) que se da la producción de tratados, principal fuente de derecho internacional, regulando la materia. La dignidad humana, sin dejar de ser un valor moral fundamental, gana también el status de principio jurídico, funcionando como una fuente jurídico-positiva para los derechos fundamentales, díganse los derechos humanos positivados. Tales derechos encuentran respaldo jurídico también en el sistema nacional como en el sistema global de protección de derechos. El derecho de morir es analizado como un derecho a la dignidad de la persona humana, o, todavía, tanto la muerte digna cuánto la vida digna, son vistos como derechos humanos. No obstante, vigora, todavía en el ordenamiento jurídico internacional y nacional, la ausencia de reglamento específico sobre la materia. 

Palabras clave: Globalización. Tratados de derechos humanos. Dignidad de la persona humana. Derecho a morir. Eutanasia. 

Abstract: Globalization, seen as a temporal and spatial changing process, with the impetus to push all frontiers, also occurs in the legal field. As an example, we take the universal protection of human rights, from the creation of international law, as a true systematic and coherent body with principles, object and own methodology, with the initial milestone the post-war era. It is in this international system (classically intergovernmental) that treaties are created, the main source of international law, regulating the subject. Human dignity, without ceasing to be a fundamental moral value, also gained the status of legal principle, working as a legal-positive source for fundamental rights, said positivized human rights. Such rights find support at both national and global system of rights protection. The right to die is analyzed as a right to human dignity, or both dignified death and dignified life are seen as human rights. Nevertheless, there exists also in international and national law, the absence of specific regulation on the matter. 

Keywords: Globalization. Human rights treaties. Human dignity. The right to die, Euthanasia.