Debilidades do reconhecimento: inclusão e inferiorização em tempos de crise migratória

Vanessa Capistrano Ferreira

Resumo


Resumo: Sob a perspectiva da Teoria do Reconhecimento de Axel Honneth, esse trabalho procura apresentar um diagnóstico de época capaz de identificar os distúrbios acionadores das enfermidades na vivência individual e coletiva das sociedades pós-tradicionais. Atribui aos contextos sociais do reconhecimento negado as rupturas dos laços originários de solidariedade nas sociedades supercomplexas contemporâneas. Por meio de uma discussão metodologicamente plural, pretendemos refletir sobre a efetividade do projeto de Estado democrático de direito, que coexiste com realidades sociais violentas ditadas pela exclusão e pela fragmentação. Por fim, serão expostos os limites e as possibilidades em torno dos ideais de liberdade, igualdade e justiça, amplamente difundidos pela tradição do pensamento ocidental e pelo sistema de direitos moderno, mas que continuamente são feridos por práticas político-sociais exclusivistas, esvaziadas de seus conteúdos verdadeiramente democráticos. Diante disso, os imigrantes e os refugiados se transformaram em exemplos vivos de inferiorização social, que desfalecem, paradoxalmente, em meio a um aumento dos discursos morais em torno das perspectivas universalizáveis da inclusão e do reconhecimento do outro. A reflexão busca superar as vicissitudes dos processos político-sociais reificantes à luz das possíveis realizações emancipatórias do tempo presente. 

Palavras-chave: Reconhecimento. Identidade. Solidariedade. Inclusão. 

Resumen: Desde la perspectiva de la Teoría del Reconocimiento de Axel Honneth, el presente trabajo presenta un diagnóstico del tiempo capaz de identificar la enfermedad que provoca disturbios en la experiencia individual y colectiva, posteriormente, de las sociedades post-tradicionales. Atribuimos que el contexto del reconocimiento negó la ruptura de los enlaces originales de solidaridad en las sociedades contemporáneas. Mediante una discusión metodológicamente plural, y con el aporte de otros pensadores críticos como; Jürgen Habermas, Zygmunt Bauman, Boaventura Santos y Helio Gallardo, reflexionamos sobre la eficacia del proyecto Estado democrático de Derecho, que coexiste con las violentas realidades sociales dictadas por la exclusión y la fragmentación. Por último, se expondrán los límites y posibilidades en torno a los ideales de libertad, igualdad y justicia; ampliamente difundida por la tradición del pensamiento occidental y el sistema moderno de los derechos, que están heridos continuamente por las prácticas políticas y sociales excluyentes, vaciado de su contenido democrático. Por lo tanto, los inmigrantes y los refugiados se han convertido en ejemplos vivos de inferioridad social, que claudiquen, paradójicamente, en medio de un aumento en el discurso moral en torno a las perspectivas universalizables de inclusión y reconocimiento del otro. En resumen, esperamos superar las vicisitudes de los procesos políticos y sociales reificate la luz de posibles logros emancipatorias de este tiempo. 

Palabras clave: Reconocimiento. Identidad. Solidaridad. Inclusión. 

Abstract: Within the perspective of Axel Honneth’s Theory of Recognition, this study seeks to identify disorders, which are triggers for the onset of disease in individual experience and subsequently in collective experiences of post-traditional societies. We have attributed the context of recognition denied the rupture of the original ties of abstract solidarity in contemporary societies. In order to improve the theoretical landscape proposed, critical authors such as Jürgen Habermas, Zygmunt Bauman, Boaventura Santos and Helio Gallardo, will be considered. This theoretical pluralism allow to reflect on the effectiveness of the system of rights (Rechtsstaat), which coexist with violent social realities, which are governed by the exclusion and the fragmentation. Finally, we are able to dispute the limits and possibilities around the ideals of freedom, equality and justice, which are widely disseminated by the tradition of Western thought and the modern system of rights, but they are injured continually by exclusivist political and social practices, which are emptied of their truly democratic content. Thus, immigrants and refugees have become living examples of social inferiority. They have faded, paradoxally, amid an increase of moral discourse around the universalizable perspectives of social inclusion and recognition of the other. In short, we also hope to see beyond its vicissitudes in the reifying social and political contexts in light of the possible emancipatory consequences today. 

Keywords: Recognition. Identity. Solidarity. Inclusion. 


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