Direitos humanos ao território tradicional quilombola na Amazônia

Stephanie Vieira Brito, Girolamo Domenico Treccani

Resumo


Resumo: A nova linguagem dos Direitos Humanos no século XXI está a gerar tensões e contrastes entre igualdades e diferenças. Não há mais somente o sujeito “individual”, há as coletividades inseridas e diferenciadas pelos mais diversos contextos sociais, culturais, políticos e jurídicos reconhecidas como os novos sujeitos dos Direitos Humanos. Este artigo tem por objetivo analisar em que medida a Lei 9.985/00, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), e os direitos territoriais de remanescentes de quilombos englobam o reconhecimento das diferenças.  A metodologia de análise é qualitativa através da abordagem dedutiva, com procedimento de levantamento bibliográfico. O reconhecimento das diferenças e o direito às diferenças se encontram espraiados no leque jurídico voltados aos remanescentes das comunidades de quilombos. No entanto, hoje, os territórios de quilombos incidem em diferentes situações no campo jurídico, entre elas a sobreposição com territórios de Unidades de Conservação. Este é um contexto emblemático do reconhecimento dos direitos territoriais e do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, ambos situados na linguagem dos Direitos Humanos multicultural de resistência.

Palavras-chave: Direitos humanos emancipatórios. Unidades de Conservação. Remanescentes de quilombos. 

 

Resumen: El nueva lenguaje de los Derechos Humanos en el siglo XXI está generando tensiones y contrastes entre la igualdad y la diferencia. Ya no existe solo el sujeto “individual”, son los colectivos insertados y diferenciados por los más diversos contextos sociales, culturales, políticos y legales reconocidos como el nuevos sujetos de derechos humanos..Este artículo tiene como objetivo analizar en qué medida la Ley 9.985/00, que estableció el Sistema Nacional de Unidades de Conservación (SNUC), y los derechos territoriales de los quilombolas abarcan el reconocimiento de las diferencias. La metodología de análisis es cualitativa a través del enfoque deductivo, con procedimiento de encuesta bibliográfica. El reconocimiento de las diferencias y el derecho a las diferencias se extienden a través del alcance legal de las comunidades quilombo. Sin embargo, hoy, los territorios de los quilombos afectan diferentes situaciones en el campo legal, incluida la superposición con los territorios de las áreas protegidas. Este es un contexto emblemático del reconocimiento de los derechos territoriales y el derecho al medio ambiente ambientalmente racional, ambos ubicados en el lenguaje de la resistencia a los Derechos Humanos multiculturales.

Palabras clave: Derechos humanos emancipatorios. Unidades de Conservación. Remanescentes de quilombos.

 

Abstract: The new language of Human Rights in the 21st century is generating tensions and contrasts between equality and difference. There is no longer just the “individual” subject, there are collectivities inserted and differentiated by the most diverse social, cultural, political and legal contexts recognized as new Human Rights subjects. This article aims to analyze the extent to which Brazilian law 9.985/00, which established the National System of Conservation Units (NSCU), and the territorial rights of quilombola remnants encompass the recognition of differences. The methodology of analysis is qualitative through the deductive approach, with bibliographic survey procedure. Recognition of differences and the right to differences are spread across the legal scope for the remnants of quilombo communities. However, today, the territories of quilombos affect different situations in the legal field, including the overlap with territories of protected areas. This is an emblematic context of the recognition of territorial rights and the right to the environmentally sound environment, both situated in the language of resistance multicultural Human Rights.

Keywords: Human rights emancipatory. Conservation units. Remnants of quilombos.


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Revista Interdisciplinar de Direitos Humanos
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